
O dia 8 de Março simboliza a luta histórica das mulheres não apenas contra as desigualdades salariais, mas também, contra o machismo, o patriarcado, a violência, a opressão e ausência de políticas públicas específicas que compensem as desvantagens históricas e sociais vivenciadas pelas mulheres do campo e das cidades. Simboliza a resistência e o compromisso das mulheres agricultoras familiares com a democracia e uma sociedade mais justa e igualitária.
O Dia Internacional da Mulher não é simplesmente um dia voltado a homenagens triviais às mulheres. É um dia para diálogo e reflexão sobre como a sociedade nos trata e como o poder público trata as nossas pautas/reivindicações. Essa reflexão também perpassa o campo do convívio afetivo, familiar e social e de como somos tratadas por aqueles com quem vivemos, amamos e compartilhamos nossas vidas.
Hoje é um dia que configura para nós, do Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, mais um dia de luta e de resistência, na qual cabe a nós mulheres nos apropriarmos ainda mais do cenário político, econômico e social que estamos vivendo para ocuparmos espaços políticos de poder, controle social e de tomada de decisões, dentro e fora do MSTTR.

Os desafios nessa caminhada são inúmeros e diversos, mas as conquistas também se fazem presente. Hoje comemoramos um 8 de Março, celebrando a conquista da paridade na direção da FETAEMA, e em 80% dos seus STTR’s filiados; elegemos a primeira mulher presidenta em quase 50 anos da entidade; levamos à Brasília a maior delegação para a 6ª Marcha das Margaridas; temos no quadro de sócios (as) um grande número de mulheres, a maioria em dias com suas contribuições, mesmo diante da crise econômica e política do País, causados, principalmente, pela Pandemia da Covid-19; elegemos várias companheiras do movimento sindical a Prefeita, Vice-prefeita e Vereadoras nas últimas eleições.
Diante desse contexto, o 8 de Março de 2022, traz para nós mulheres agricultoras familiares, dirigentes sindicais, e lideranças políticas, o compromisso de reafirmar as nossas lutas no combate a todas as formas de desigualdades e discriminação de gênero. E de apresentarmos nossas pautas, dando visibilidade as nossas bandeiras de lutas: por terra, água, agroecologia, saúde e educação do campo e no campo, pelo fortalecimento da agricultura familiar e a garantia da segurança alimentar e nutricional das famílias e o combate a todas as formas de violência.
Por fim aproveitamos este espaço para homenagear todas as mulheres, em especial as agricultoras familiares que com sabedoria, determinação, coragem e delicadeza alimentam grande parte da população brasileira e do nosso estado.
E para dizer que somos resistência! Que continuaremos em marcha por todas as mulheres e homens e pelo bem viver.
Viva as mulheres! Viva as margaridas!